quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Cuzco, Capital do Império Inca, Peru

Há lugares no mundo que não conhecemos e ainda assim estão marcados em nossa mente por causa de alguma paisagem ou monumento histórico. É algo parecido com o que significa a Tour Eiffel para Paris ou o Coliseu para Roma. 

Capital do Império IncaCuzco"umbigo do mundoou qosco em quéchua, tinha o mesmo significado para nós. A beleza colonial da sua Plaza de Armas é também referência no mundo. Sua grandiosa Catedral e a Iglesia de la Companhia estão em meio às construções de pedra datadas da época da civilização Inca.



Melhor ainda foi descobrir que Cuzco não é só isso: guarda muito mais tesouros para quem reservar alguns dias a mais para desvendá-la.



DICAS

Para uma viagem tranquila, recomendamos a leitura da publicação de dicas gerais que fizemos sobre Cuzco e o Vale Sagrado

Escrevemos um pouco da sua história e culturaonde ficarquanto tempo ficarquando irdinheirovistos, vacinas e saúdecomprascom ou sem guia de turismo,  ingressostransporte e segurança.

Nós ficamos hospedados no Taypikala Hotel Cusco e nossa reserva foi feita através do BookingEmbora com decoração modesta, o hotel prima pela atenção e delicadeza da equipe, e café-da-manhã variadíssimo até para os padrões brasileiros. Os quartos são amplos e confortáveis, apesar do acesso a alguns deles ser dificultado por alguns lances de escada. Fica localizado bem próximo ao Qorikancha, um dos principais sítios arqueológicos da cidade.


ATRAÇÕES






Plaza de Armas


Nosso roteiro por Cuzco começa pela Plaza de Armasconhecida como Huacaypata ou Aucaypata, o coração da capital.

Nos tempos Incas, a praça era usada principalmente para propósitos cerimoniais. Durante o Inti Raymi, a festa em homenagem ao sol, as múmias dos Incas mortos eram colocadas na praça para serem veneradas pela população. Nesta época Plaza era duas vezes maior.

Observe as duas bandeiras hasteadas ao lado da estátua de Pachacútec, o nono imperador Inca, que a construiu como capital do seu império. A vermelha e branca é a tradicional bandeira peruana, e a com cores do arco-íris é a de Tahuantinsuyo, como era conhecido o Império Inca.



Suas arcadas coloniais abrigam atualmente simpáticos restaurantes, muito bom para ir à noite também. 

La Catedral

Erguida no local do antigo Palácio de Viracocha, o oitavo Inca, sua construção foi iniciada em 1559 e demorou quase um século para ficar pronta. Foram usadas pedras de Sacsayhuamán

Do lado direito da Catedral está a Iglesia El Triunfo (1536), a mais antiga de Cuzco. Foi construída sobre o principal arsenal Inca para simbolizar a vitória dos espanhóis. 

Na sua cripta estão guardados as cinzas do cronista Inca Garcilaso de la Vega, nascido em Cuzco em 1539. Ele era filho de mãe Inca e pai espanhol. Sua obra foi responsável por muitas das informações sabidas do Império Inca, já que eles não tinham escrita. Alguns críticos o acusam de fantasiar um pouco em favor dos espanhóis. 

À esquerda fica a Iglesia Jesús, Maria y José (1733). Guarda imagens em homenagem à Sagrada Família.



A Catedral pode ser considerada como um verdadeiro museu de arte colonial. Uma das mais interessantes que encontramos foi a Última Ceia do artista Marcos Zapata, uma legítima obra da Escuela Cuzqueña. Observe o cuy, uma espécie de porquinho-da-índia, sendo servido à mesa. Outro destaque é a imagem negra El Señor de los tremblores. Ele pode ser visto também numa pintura do ano de 1650, quando os habitantes rezavam pelo fim dos terremotos que devastaram a cidade.

A entrada da Catedral não é barata, custa S/50.00 (US$17.92). Se você quer economizar, vá nos horários antes das missas (entre 06h00 e 08h00) que não paga nada para entrar. O problema é que elas são bem cedinho e um monte de gente vai ter a mesma ideia que você. 

Não são permitidas fotos no seu interior.

Iglesia de la Compañia

A igreja foi construída em 1571 sobre o palácio de Huayna Cápac, o décimo-primeiro Inca. Sofreu bastante com o terremoto de 1650, mas foi reconstruída. É um dos melhores exemplos do barroco colonial no Peru.

A intensão dos Jesuítas era torná-la a mais magnífica de Cuzco, mas o arcebispo não queria que ela rivalizasse com a Catedral. Entretanto, quando a decisão em favor da Catedral foi tomada pelo Papa já era tarde demais, pois La Compañia já estava quase terminada.



A sua entrada custa S/20.00 (US$7.17). 

Não são permitidas fotos no seu interior, mas você terá uma bela vista da Plaza de Armas (suba as escadas do lado esquerdo da nave até uma das torres).



guias tanto na Catedral quanto na Iglesia, mas recomendamos cuidado. Conseguimos uma ótima guia na Iglesia, mas não podemos dizer o mesmo da Catedral. Era apressado, preguiçoso para passar as informações e parecia querer só nosso dinheiro. Vale também pechinchar.


Museu Inka

A difícil, mas curta, subida para o museu fica bem do lado esquerdo da Catedral (para quem está olhando para ela). Ele é um dos museus obrigatórios para quem quer conhecer um pouco mais da civilização Inca. 

O prédio também conhecido como Palacio del Almirante é um belo exemplo do estilo colonial e foi construído sob fundações Incas. Seu acervo possui peças de diferentes tipos, como jóias, metais e cerâmicas. Possui a maior coleção de keros do mundo (cálices Incas feitos de madeira).

Você ainda pode ver em seu pátio interno artesãos trabalhando, como tecelões e pintores. Nós encontramos belíssimos jarros pintados à mão. Difícil resistir a trazer pelo menos um pra casa.



A entrada custa S/10.00 (US$3.58).


Museo de Arte Religioso

Localizado no antigo Palacio Arzobipal e construído sobre as ruínas do Palacio Inca Roca, o sexto imperador Inca, o museu abriga uma importante coleção de arte religiosa dos séculos XVII e XVIII, incluindo obras do mestre da escuela cuzqueña, Diego Quispe Tito.

A coleção propicia uma boa compreensão da relação entre os povos indígenas e os espanhóis.

Pedra dos 12 lados

Um dos pontos turísticos mais inusitados de Cuzco fica localizado numa das laterais externas do Museo de Arte Religioso, na Calle Hatunrumiyoc: a pedra de 12 lados



Confesso que foi divertido procurá-la sem sucesso, mas teria sido bem mais simples se tivéssemos observado a quantidade de gente tirando fotografias nas proximidades da verdadeira pedra. 

Topa conferir se ela tem realmente 12 lados?


Museu Casa Concha

Apesar de pequeno, o museu exibe um conjunto de artefatos levados por Hiram Bingham de Machu Picchu, no início do século passado. Recentemente, as peças foram devolvidas pela Universidade de Yale.

A visita é bastante recomendada para entender o que se sabe (e não se sabe) sobre a Civilização Inca. Ideal para ir antes de Machu Picchu.

A casa foi residência de José de Santiago Concha, aristocrata dos primeiros anos após a conquista espanhola.



Iglesia e Monasterio de Santa Catalina

O monastério abriga belos exemplos de pinturas da escuela cuzqueña e uma coleção de bordados e outros paramentos. Não perca os retratos em tamanho natural que ficam na capela. Foi aberto em 1610.

Algumas freiras ainda habitam no local.


Museo de História Regional


Antiga casa do historiador Garcilaso de la Vega, exibe artefatos da época pré-colombiana até o período colonial.


Iglesia la Merced

É a terceira igreja mais importante de Cuzco. Foi construída em 1535 em terras doadas pelo conquistador espanhol Pizarro



Museo de Arte pré-colombino

Antigo local do Tribunal Inca, o Kancha Inca, foi transformado em mansão para o colonizador Alonso Díaz, em 1580. 

Atualmente abriga uma bela coleção de artefatos pré-colombianos de 1250 a.C. a 1532 d.C., que anteriormente pertenciam ao Larco, um dos principais museus de Lima

Há placas explicativas em Inglês, Francês e Espanhol.



Igreja Santo Domingo - Qorikancha


Qorikancha, ou "templo dourado", foi construído em homenagem a Inti, o Deus Sol. Era o mais rico templo Inca (repleto de ouro até nas paredes), onde as múmias dos nobres eram mantidas.



O templo foi bastante saqueado pelos espanhóis e pouco resta da sua riqueza. Entretanto, nada apaga a grandiosidade e beleza do lugar.




Sacsayhuamán

Leia sobre o maior sítio arqueológico de Cuzco na publicação sobre o Vale Sagrado.


Para ir à noite

Gostamos bastante do clima dos inúmeros bares e restaurantes da Plaza de Armas e seus balcões coloniais.



Se preferir sair um pouco do centro, outra boa opção noturna é o bairro de San Blas. Antigo domínio da nobreza Quechua, é também conhecido como bairro artístico de Cuzco.

Outra opção para conhecer mais sobre a cultura da região é o Museo de Arte Popular e seu espetáculo de danças típicas. Você ainda tem a oportunidade de levar algumas lembrancinhas.




Não deixe de ler nossas dicas para quem vai para Cuzco e o Vale Sagrado.

Acompanhe as publicações da nossa viagem pelo ChileColômbia e Peru na página resumo.

Para viajar para o Peru, tivemos como companheiros fiéis o Guia Lonely Planet Peru, o Eyewitness Travel Peru e a Revista Viagem e Turismo.



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