terça-feira, 14 de abril de 2015

Vai para Mendoza, Argentina? Confira nossas dicas

Engana-se quem pensa que Mendoza é cidade para um par de dias. Apesar da Capital da Província de Mendoza ter apenas cerca de 120 mil habitantes, estamos falando de quase 1 milhão de habitantes quando consideramos a Grande Mendoza. Entretanto, não é o seu tamanho o que a torna tão atraente e sim o fato que saem de lá mais de 70% da produção de vinhos da Argentina. A região é a 5a. maior área de vinhedos do mundo. 


Se isso não bastasse, ainda fica bem pertinho do Parque Provincial Aconcágua, conhecido como o pico mais alto das Américas, e toda a sua beleza.





Não deixe de conferir algumas dicas gerais sobre a Argentina.


Dinheiro - onde trocar

Em Mendoza, encontramos as melhores opções para troca de dinheiro na Av. San Martín, imediações do cruzamento com o Paseo SarmientoConseguimos a cotação de AR$3,40 por Real no Montemar Compañia Financiera (Av. San Martín, 1152), um pouco abaixo da cotação blue, mas bem mais seguro (é um banco).

É importante recomendar que não deixe de tentar trocar diretamente no seu hotel ou em alguma compra. No nosso caso, não valeu à pena pagar o hotel de Mendoza em Real, mas conseguimos uma boa cotação pagando em pesos ao invés do cartão de crédito (faturado em dólares americanos).

Obs.: Alertamos que todas as cotações aqui informadas são pertinentes a março/2015, portanto é importante que o leitor verifique novamente na data de sua viagem.



Com ou sem guia de turismo

A exceção é o Parque Provincial Aconcágua. Se você pretende escalar o pico, preparação e apoio de empresa especializada são essenciais. Entretanto, se você quer apenas fazer um passeio de um dia aos locais de mais fácil acesso, nossa sugestão é contratar um remis. Eles conhecem bastante a região e podem te levar aos pontos mais bonitos acessados de carro. Porém, lembro que você deve contratar um remis de cooperativa e não simplesmente pegar um desconhecido na rua. Seu hotel certamente poderá te recomendar algum.

Dá pra se virar bem na região de Mendoza sem guia de turismo, porém há uma recomendação essencial para sua viagem transcorrer com tranquilidade: faça as reservas das vinícolas com antecedência, senão correrá o risco de ficar "chupando dedo", pois, dependendo da época, elas enchem mesmo.



Gastronomia e vida noturna


Tivemos a oportunidade de conhecer duas regiões legais para curtir em Mendoza

A primeira fica na Av. Aristides Villanueva, continuação da Av. Colón. A rua é repleta de bares e restaurantes com mesas na calçada e muita gente jovem.


Outro lugar muito interessante é a Avenida Sarmiento. Ela cruza a Plaza Independencia. A oeste da praça, ela é ocupada por restaurantes de parrillas mais turísticos. Gostamos mesmo do lado leste, onde ela exclusiva dos pedestres e é chamada de Peatonal Sarmiento. Aqui você vai encontrar muitos restaurantes e cafés com mesas na calçada. 




Nos finais de semana a Plaza Independencia fica ainda mais legal. Encontramos dançarinos de tango, feirinha típica, e o principal: gente na rua e muita alegria.

Onde ficar

Em Mendoza, nossa recomendação é que você se hospede nas proximidades da Plaza Independencia, bem no centro da cidade. Observe que ela fica no meio de um quadrado formado por quatro praças menores: Plaza San MartinPlaza ChilePlaza Italia e Plaza España.




Nós reservamos o Hotel Raices Aconcagua pelo Booking.comQuando escrevemos esta publicação ele possuía nota 8,1 (1707 avaliações) e nossa avaliação foi 8,3




Para qualquer hospedagem na Argentina, fique atento à cobrança de 21% referente ao IVA. Alguns sítios de reserva não mostram claramente o valor do imposto levando o desavisado cliente a tomar um baita susto na hora de pagar a conta.



Quando ir

Como Mendoza se localiza numa região desértica, você não terá problemas com chuvas em nenhuma época que escolher viajar, mas fique atento ao frio se escolher viajar no inverno. Se for nesta época, você ainda pode incluir na sua programação dar uma passadinha numa estação de esqui (Las Leñas fica a pouco mais de 400 Km.).

verão é propício para quem deseja encarar os diversos picos da região, e tem seu melhor momento entre a última semana de fevereiro e a primeira de março com a Fiesta Nacional de la Vendímia, comemorando a colheita da safra de uva. Convém reservar hotéis e vinícolas com mais antecedência se optar por viajar justamente na semana das festas.

Outra estação para se destacar é o outono, quando as folhas das árvores e dos parreirais ficam especialmente bonitas.

Enfim, Mendoza é para qualquer época do ano, pois cada uma tem sua atração especial. Nosso conselho é que você vá no final do verão pra pegar os parreirais carregados de uvas e toda a região em festa.




Quanto tempo ficar

Decidir quantos dias ficar em Mendoza pode ser até um pouco mais difícil do que Buenos Aires, pois o critério não é objetivo, vai depender da sua resistência alcoólica (rsrsrs). É fácil ocupar uma semana de visitas às vinícolas (recomendamos duas ou no máximo três por dia), sem falar do Aconcágua

É importante ficar atento aos horários das vinícolas, pois a maioria não abre no final de semana. Como há três regiões produtoras importantes, MaipúLuján de Cuyo e Valle de Uco, recomendamos no mínimo uma programação de 5 dias:

Dia 1 (segunda-feira): Vinícolas de Maipú
Dia 2 (terça-feita): Vinícolas de Luján de Cuyo
Dia 3 (quarta-feira): Parque Provincial Aconcágua
Dia 4 (quinta-feira): Vinícolas de Valle de Uco
Dia 5 (sexta-feira): Vinícolas de Luján de Cuyo 

Confira o roteiro das vinícolas que visitamos em Mendoza. 


Saúde

A água das torneiras de Mendoza vem do degelo dos Andes, é pura e pode ser consumida. Entretanto, ela é um pouco "pesada" devido aos minérios que carrega. Como nosso organismo não está acostumado, preferimos consumir água mineral ao invés de correr o risco de algum problema gastro-intestinal.



Segurança

Apesar de ser considerada como uma das regiões mais seguras da ArgentinaMendoza também sofre com o aumento do número de furtos. Atenção aos seus pertences, como bolsas, carteiras e sacolas de compras nos locais de maior movimento é imprescindível.

Á noite, é recomendável não circular pela região da rodoviária e do Cerro de La Gloria no Parque General San Martín.

Nós caminhamos durante o dia e à noite no entorno da Plaza Independencia e tivemos uma boa sensação de segurança, porém presenciamos uma abordagem da polícia a dois suspeitos de assalto no período da noite.

Não é indicado pegar ônibus do aeroporto para o centro, pois ele, além de demorado, passa em regiões com índice de violência mais alto que no resto da cidade.





Transporte

Outra questão importante é o meio de locomoção que você vai usar na sua estada em Mendoza

Nós optamos por alugar um carro, mas cometemos um erro crasso: confiamo no GPS do celular e acabamos ficando na mão. Quer saber o resultado? Pegamos um caminho errado em direção ao Valle de Uco e acabamos numa estrada de pedra de 72 Km ao invés de outra asfaltada e bem mais curta. Portanto, não titubeie e reserve seu carro com GPS.

Você pode também optar em ir de ônibus para Maipú e para Luján de Cuyo, mas não aconselhamos fazer o mesmo para o Valle de Uco devido à distância. Os ônibus para Maipú saem da La Rioja, entre a Garibaldi e a Catamarca. Para Luján de Cuyo, siga para o terminal rodoviário de Mendoza. Detalhamos melhor na publicação sobre as vinícolas


Caso opte pelo ônibus, é aconselhável comprar o cartão Redbus em quaisquer quiosques. Podem ser carregados facilmente nos mesmos quiosques ou nos mini-mercados. Observe também que há duas numerações, uma dentro e outra fora dos carros. A interna é mais precisa que a de fora. 

Se preferir um pouco mais de conforto e está disposto a pagar mais caro, opte pelos remises. Seu hotel pode te indicar um confiável. Do aeroporto para a Plaza Independencia paga-se AR$120,00 (R$33,34) pelo serviço, e AR$100,00 (R$27,78) pelo percurso inverso.


Nós tivemos a oportunidade de cotar alguns preços de passeios com um remis que contratamos no aeroporto para nos levar ao hotel. A duração do serviço é das 09h00 às 16h00 com até 3 vinícolas por dia: 

1. Maipú ou Luján de Cuyo: AR$1.500,00 (R$417,00);
2. Valle de Uco: AR$2.000,00 (R$556,00);
3. Região do Aconcágua: AR$2.200,00 (R$611,00).

Tal qual na Argentina como um todo, os táxis não são caros em Mendoza. Lembre-se apenas que é de praxe arredondar os valores das corridas para cima. 



Confira nosso roteiro de cinco deliciosos dias em Mendoza.

Acompanhe outras publicações da nossa viagem pelo Uruguai e Argentina.




#Argentina #Mendoza #DicasMendoza
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