sábado, 20 de julho de 2013

Vale do Loire (Amboise e Chenonceau)

Chateau Chenonceau
Nosso segundo dia no Vale do Loire foi concentrado à leste de Tours visitando o interessante Chateau Amboise e o belíssimo Chateau Chenonceau


Planejamos originalmente visitar três castelos, mas o tempo só foi suficiente para dois castelos e mais um mico de viagem para contar.

Vamos ao roteiro!


Roteiro 2 - leste de Tours 


Amboise

O que você acha de um castelo onde Carlos VII nasceu e morreu, Luis XI morou, Francisco I cresceu, os 10 filhos de Catarina de Medici foram criados e ainda foi palco em 1560 do complô dos huguenotes contra Francisco II? Pois esse é o Chateau Royal d'Amboise



Além dos jardins, no castelo encontra-se uma bela mobília, mas tenha em mente que ele possui apenas um quinto do seu tamanho original, consequência do período de abandono e fases de demolição.


Se tamanha importância histórica não fosse suficiente, ele foi o primeiro edifício construído à la Renascença e ainda guarda o túmulo de Leonardo da Vinci na Chapelle St-Hubert que fica localizada em seus jardins.




Por falar de Leonardo da Vinci, uma curta caminhada a partir do castelo nos leva ao Clos-Lucé, local onde o "artista-cientista-inventor" passou seus últimos 3 anos de vida com o apoio de Francisco I, e atualmente possui, além da casa, um jardim que abriga as invenções dele criadas a partir de seus desenhos. O único inconveniente é que você encontrará uma i-n-f-i-n-i-d-a-d-e de crianças e adolescentes disputando espaço com você.



Para mais detalhes, consulte os sítios do Chateau d'Amboise e o Clós-Lucé.


Chenonceau

O lugar é belíssimo desde a entrada do parque onde você é conduzido por uma avenida de plátanos. 





Ele é sem sombra de dúvida o mais feminino de todos os castelos, fruto da história do lugar:

1. Originalmente medieval, Catherine Briçonnet o tornou renascentista a partir da sua compra por seu marido em 1513. Construiu a torre e a escadaria;

2. Tornou-se o palácio real do Loire em 1533 após o casamento de Catarina de Medici com Henrique II;

3. Foi oferecido por Henrique II a sua amante, Diana de Poitiers, em 1547, que construiu os jardins, a ponte de arcos sobre o Rio Cher e conferiu a sua arquitetura única no mundo;



Não perca também o seu quarto, cuja restauração foi iniciativa da Madame Pelouse;



4. Com a morte de Henrique II, Catarina de Medici o toma de Diana e assume o castelo. Ela tornou os seus jardins ainda mais belos e continuou as suas obras de arquitetura, como a construção de uma das partes mais deslumbrantes do castelo, a Grande Galerie construída propositalmente sobre a ponte elevada por Diana. São 60 metros de comprimento e 6 metros de largura iluminada por 18 janelas. Foi inaugurada em 1577 com as festas organizadas por Catarina em homenagem ao seu filho, Henrique III.



Observe também o Salão Verde (cor original) de onde Catarina administrava o reino;

5. É de autoria de Luisa de Lorena, viúva de Henrique III, uma das coisas mais mórbidas que eu já vi na vida. Após a morte do marido assassinado por um monge em 1590, ela pintou seu quarto completamente de preto. Observe os símbolos de luto: plumas (representam as penas da alma), lágrimas de prata, pás de coveiro, cordas e coroas de espinho;



6. Torna-se um salão para escritores e filósofos em 1730 nas mãos de Madame Dupin, que também o protege após a Revolução Francesa em 1789;

7. Madame Pelouse restaura o castelo a sua forma original em 1863.

8. Simone Menier administrou o hospital instalado no castelo durante a 1a. Guerra mundial. Até 1918 mais de 2000 feridos foram acolhidos no castelo.


Outros destaques dessa preciosidade arquitetônica e histórica:

Cozinha

É formada por três salas e fica localizada no porão entre as primeiras colunas fincadas no leito do rio. A sua riqueza de detalhes é um primor.


Quarto das cinco rainhas

Seu nome faz referência às duas filhas e três noras de Catarina de Médicis.



Os jardins

Antes de chegar ao castelo, ficam os dois jardins de cada lado do castelo. Foram construído por Catarina de Medici e Diana de Poitiers. Curiosamente o de Diana é menor.



Para mais detalhes, consulte o sítio do Chateau Chenonceau.


Montrésor

Mico de viagem: você já ouviu falar de Montrésor ? Eu não tinha ouvido, mas arrisquei confiando na dica do Guia Visual Folha. "A cidadezinha mais bonita da França" soou exagerado, mesmo para mim que tinha uma confiança neste guia até então inabalável. Seis dezenas de km. distante de Villandry (fomos lá para visitá-lo, mas as visitas já estavam encerradas), chegamos à cidade tão bem citada e......cadê a tal beleza de cidade? Mal encontramos gente na rua. Restaurante? Nada aberto. Até o seu chateau estava fechado. Resumo: cara de pastel diante do mico perfeito!


No próximo post publicaremos a última etapa da nossa viagem no Vale do Loire com as informações sobre os castelos de Villandry e Azay-le-Rideau.

Veja o resumo da nossa viagem.



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