Estávamos em Rennes no dia 30/3 de bagagem pronta para a etapa final da nossa viagem com um detalhe importantíssimo para esta pessoa que vos escreve: meu aniversário!
Confesso que nunca imaginei chegar a Paris exatamente neste dia, mas a vida nos apronta algumas coisas tão maravilhosas que só temos que agradecer a Deus por tudo que ele nos proporciona. Para melhorar o tempero do dia, quando vi a previsão do tempo não acreditei: neve em pleno início de primavera? Sim! E ela já deu sua cara em pequenos "novelos" ainda na saída da cidade. Para um matuto nascido no interior de Pernambuco, viajando pela França em pleno aniversário como eu, foi incrível.
Porém, não é sobre a Cidade Luz que escreverei hoje, e sim sobre duas cidades localizadas no caminho de Paris, uma delas famosa por sediar uma das corridas mais famosas do mundo, senão a mais importante, e outra por possuir o maior conjunto de vitrais da França.
Le Mans
Fomos direto para nosso objetivo na cidade que sedia a famosa e tradicional corrida 24 heures de Le Mans: conhecer o museu do automóvel localizado no autódromo.
Chegamos com a neve ainda caindo e a temperatura chegando próximo a 0 grau centígrados. Frio de doer, mas nada que esfriasse a emoção de conhecer o que é para mim um parque de diversões. A união de história do automóvel com corridas me traz um prazer ímpar.
Le Musée d'Automobile
Separado em 6 alas voltadas para a história do automóvel e para a história da corrida, o museu é bem dividido e exibe algumas preciosidades:
1. Alée des Heros: homenageia pilotos, atores, diretores de corrida e outras personalidades que contribuíram para a história do autódromo se tornando seus heróis.
2. La Legend: exibe em maquetes toda a história da lendária corrida.
3. Les Coulisses: mostra os os profissionais e beneméritos que contribuíram nos bastidores para o autódromo se tornar o que é.
4. La Genese: mostra os que contribuíram para a história do automóvel, mesmo antes dele se tornar o sucesso que atrai tantos no mundo.
Vi preciosidades que poucos museus no mundo possuem, desde carroças até bicicletas do séc. XIX, ambos à vapor.
5. L'essor: exibe toda a evolução do automóvel no séc. XX.
Um dos modelos que mais me chamaram a atenção foi o Trabant. O "veículo" era um ícone da antiga Alemanha Oriental.
6. Les acteurs: principal parte do meu parquinho de diversões, exibe os veículos que fizeram história na corrida, dos pioneiros dos anos 20 até os dias de hoje.
Você sabia que as cores dos carros de corrida representavam seus países?
Vermelho - Itália (para a terra da Ferrari, é óbvio, não é?)
Verde - Grã-Bretanha
Azul - França
Cinza - Alemanha (já ouviu falar no famoso flecha de prata da Mercedes?)
Branco com listas azuis - E.U.A.
Maiores detalhes no sítio do museu.
Mico de viagem: a decepção que tivemos em Le Mans foi na loja do autódromo, não por seu tamanho, mas simplesmente por ter fechado enquanto estávamos no museu.
A desculpa de que a atendente "precisou sair" quebrou o sonho de quem queria trazer uns carrinhos de lembrança (era meu presente de aniversário!).
Em pleno sábado véspera de Páscoa, ficou estranho.
Escola de pilotagem
Você já se imaginou fazendo aula de pilotagem a bordo de uma Posche? Pois Le Mans oferece esta oportunidade. É necessário agendar com antecedência.
Consulte o sítio do autódromo.
Há também opções para quem quer fazer uma comprinhas na boutique do autódromo pela Internet.
Chartres
Nosso dia estava bem frio quando chegamos à Chartres. Tínhamos como objetivo conhecer a maior Catedral Gótica da Europa.
Paramos o carro num estacionamento subterrâneo à frente do Teatro a cerca de 800 m. da Catedral. Confesso que a distância, apesar de pouca, incomodou bastante por causa do frio.
Quando chegamos à sua frente, ela já impressionou muito. O que não imaginávamos era a dimensão do que encontraríamos no seu interior. Apesar dela estar em processo de restauro, seu brilho não ficou ofuscado.
Preste a atenção nos seguintes detalhes:
Nave gótica e teto abobadado
Portal sul e as esculturas que refletem os ensinamentos do Novo Testamento
Vitrais
São mais de 2.600 m2 cobertos por 176 vitrais que foram doados pela realeza, aristocracia, padres e mercadores entre 1210 e 1240, e mostram histórias bíblicas e o cotidiano do séc. XIII. Cada vitral está dividido em painéis que devem ser lidos da esquerda para a direita e da base para o topo.
Para mais detalhes, visite o sítio da Catedral.
No próximo post publicaremos a última etapa da nossa viagem pela França contando nossas aventuras em Paris com dicas importantes para você se locomover, visitar museus entre outros detalhes que tornam nossas viagens muito mais divertidas.
Veja o resumo da nossa viagem.