Será que algum outro lugar no mundo podem contar com uma réplica do "Davi" de Michelangelo (uma das cinco no mundo feitas utilizando mármore da mesma pedreira que o original), um "Pensador" de Rodin (uma das 25 no mundo feitas utilizando o molde original) e uma obra original de Fernando Botero ("a dama e o cavalo")? E o que dizer de uma armadura para cachorro? Definitivamente este lugar é único. Pois eles são apenas uma amostra do que te espera no INSTITUTO RICARDO BRENNAND. O caminho de palmeiras logo na sua entrada já dá um gostinho da exuberância do lugar.
E o que dizer da beleza da arquitetura do lugar? Todo o complexo foi construído no estilo Gótico Tudor.
Lembramos bem como foi sua inauguração em 2002 com a exposição itinerante "Albert Eckhout - volta ao Brasil (1644-2002)". Foi um marco para a cultura do estado, pois sabíamos que a partir dali Recife poderia receber grandes exposições. Agradecemos ao seu criador, Ricardo Brennand, pelo desprendimento em colocar seu acervo particular à disposição da cultura. Vale dizer que o nome do Instituto é uma referência ao seu tio.
O Castelo São João
Dizem que nós pernambucanos temos mania de grandeza, mas aqui não dá pra ser diferente: trata-se da maior coleção particular de armas brancas do mundo!
O acervo possui cerca de 3.000 armas brancas entre outras tantas armas de fogo. Engloba artefatos fabricados num intervalo de até seis séculos, incluindo armas de caça e de guerra. A peça mais antiga é um sarcófago romano do século XV. Logo na entrada a gente topa com este deslumbrante conjunto de armaduras do século XVI. Os belos vitrais ao fundo dão um toque a mais no ambiente.
E não é só, pois o acervo possui ainda curiosas coleções de canivetes, ...
... relógios, ...
Para nosso deleite, a coleção não para de crescer. Já havia algum tempo que não visitávamos o Instituto e surpreendentemente nos deparamos com uma quantidade de artefatos ainda maior que na visita anterior.
A Pinacoteca
A ênfase da Pinacoteca é o Brasil Holandês. E não é pouca coisa, pois estamos falando da maior coleção particular de Frans Post no mundo e a única com obras de todas as fases do pintor (lá vão esses pernambucanos com mania de grandeza de novo!).
Juntamente com seu compatriota Albert Eckhout, o artista holandês acompanhou Maurício de Nassau enquanto ele governou Pernambuco e fez os melhores registros das paisagens nordestinas do século XVII. Ele é considerado o primeiro paisagista das Américas.
Achou muito? Pois não é só isso: são 1.200 m2 de área devidamente supridos por equipamentos de ponta que vão desde controle de umidade e temperatura até audioguias. Há ainda obras de artistas diversos que retratam paisagens brasileiras, arte decorativa, esculturas etc.
O que dizer desta escultura chinesa em marfim de mamute e madeira?
Impressionante!
Vale à pena conhecer também a sala das figuras de cera com a representação do julgamento de Nicolas Fouquet, superintendente das finanças da França no reinado de Luís XIV. Ele foi acusado de peculado e acabou sendo condenado à prisão perpétua (como seria bom se no Brasil fosse assim, ein?).
A Biblioteca
O enfoque da Biblioteca também é no período do Brasil Holandês, mas seus 60.000 títulos não se resumem a isto. Entre tantas preciosidades, podemos destacar uma valiosa documentação sobre a produção de açúcar no país.
O acervo engloba livros, periódicos e uma seção específica de cartografia e gravuras. Há ainda um arquivo de música colonial.
Capela Nossa Senhora das Graças
A capela foi um dos últimos espaços inaugurados no complexo (maio/2014) e está aberta para eventos diversos. Tivemos a oportunidade de assistir a uma cerimônia de casamento quando pudemos comprovar que ela é sem sombra de dúvidas um dos templos mais bonitos da capital pernambucana.
O restaurante Castelus
O restaurante é o toque que faltava no complexo cultural. Segue o mesmo padrão arquitetônico das demais construções e oferece um cardápio variado. Pode-se optar pelo menu à la carte (há pratos para três pessoas a partir de R$80,00) ou por buffet sem balança (R$50,00 / pessoa). Aos sábados há apresentação de um trio de chorinho.
Se preferir tomar um café, há uma lanchonete no interior do Instituto. O lugar é incrível!
A Galeria
Você já imaginou fazer sua festa de casamento em meio a obras de arte de inestimável valor artístico? Pois o Instituto tem um espaço aberto para eventos, como recepções e exposições temporárias de obras de arte. É um sonho, não acha?
Ah, olha o pensador aí gente!
Outras informações
Horário de visita: Terça a domingo das 13h às 17h
Gratuito na última terça-feira do mês
Preço da entrada: R$20,00 - meia entrada para idosos, deficientes, estudantes e professores (mediante apresentação de documentação);
gratuito para crianças até 7 anos, profissionais da área de turismo e para todos na última terça-feira do mês
Contato: (81) 2121-0352 e 2121-0365
Localização: Alameda Antônio Brennand, s/n, Engenho São João, bairro da Várzea, Recife
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