sexta-feira, 5 de julho de 2013

Viagem à França - Dicas

Sempre digo para meus amigos que a troca de idéias entre os viajantes é uma das coisas mais prazerosas que existe. Tanto é bom contar o que viveu como curtir as histórias vividas pelos amigos.


Como nosso principal objetivo aqui é exatamente dividir com vocês o que aprendemos nas nossas viagens, fiz um resumo do que acho mais importante para quem vai para a Europa e mais especificamente para a França.


Dirigindo

A primeira pergunta que a maioria das pessoas faz é se é fácil dirigir na França. Minha resposta é que sim com apenas uma ressalva bem básica e óbvia: você precisa aprender as principais placas! 

Padrão em toda União Européia, as placas francesas tem algumas diferenças que podem confundir os brasileiros. Exemplo: placa cortada com um traço não significa proibição e sim fim de alguma restrição, como limite de velocidade. Uma boa dica que descreve em detalhes as placas mais diferentes das nossas é o blog Dois Mapas;

Na França, você encontrará muuuuiiiiiiitas rotatórias (mesmo que rotundas ou giradouros) nas vias menores. Preste atenção que a preferência é para quem já está nela, tal qual no Brasil;

Nos guichês de pedágio, cuidado para não entrar nos de pedágio pré-pago. A dica é observar a placa luminosa na entrada do guichê com a indicação de umas moedas;

A maioria dos pedágios são de caixas automáticos. Você pega o cartão quando entra e paga quando termina o trecho;

Sobre o custo do pedágio, ele é caro. Em março deste ano, nos custou em média €10,00 a cada 100 km para rodar na França, mas vale a pena se você vai percorrer grandes distâncias;

Os pedágios são cobrados nas Autoroutes (estradas com prefixo "A"). A vantagem é que como o limite de velocidade é de 130 km/hora e não há cruzamentos, fica fácil, rápido e confortável viajar. Andamos permanentemente a 125 Km/hora (por garantia) e vencemos grandes distâncias  relativamente rápido;

Para as distâncias menores, utilize as demais rodovias, pois são mais pitorescas e permite você curtir as surpresas que encontrará pelo caminho. Nos roteiros do Vale do Loire e Provence é um verdadeiro pecado não andar nas estradas menores;

Não deixe para abastecer com o tanque na reserva. Não é raro você rodar mais de 100 km sem encontrar um único posto. Se estiver nas rodovias pagas os postos de combustível ficam  fora da zona de cobrança, ou seja, perto das cidades;

Cuidado com os radares franceses! Aconselho seriamente a você obedecer aos limites de velocidade pois você encontrará radares nas cidades mais ermas e a precisão deles é absurda;

Apesar de nem sempre ser exigida, recomendo a você tirar a PID, permissão internacional para dirigir, se pretende dirigir na França. A emissão é muito simples e pode ser feito em qualquer posto do Detran;

Se vai de carro alugado, será perda de tempo cotar a retirada do carro num país e a devolução em outro, pois sai muito caro. Neste caso é melhor ir de trem ou até de avião, considerando as tarifas das empresas de baixo custo. Mas se seu percurso for no mesmo país, descobrirá que a taxa de devolução é irrisória, muito diferente daqui no Brasil onde cobram uma extorsão para devolução do veículo numa loja diferente de onde você pegou;

Você pode simular o custo das viagens, tanto combustível quanto pedágio, no sítio do Guia Michelin.


Restaurantes

Conhecida por ser a cozinha mais refinada do mundo, a França faz jus à fama e vai bem mais além da "haute cuisine". Há ótimos restaurantes, tanto no preço quanto na qualidade;

O horário de abertura e fechamento dos restaurantes são levados bem a sério. Passe das 14h00 para almoçar e você ficará com fome ou terá de se virar numa fast-food (se encontrar alguma). É melhor se planejar para almoçar no máximo às 13h30 para não correr riscos. Vale o mesmo para o jantar;

É de praxe deixar 10% de gorjeta para os garçons, mas você irá perceber que não vai morrer ninguém se seu orçamento estiver apertado e você pagar estritamente o valor da conta;

Prefira restaurantes que não fiquem colados com as grandes atrações turísticas, senão você vai pagar preço de......... turista!

As opções mais em conta geralmente estão no "menu du jour" (menu do dia) dos restaurantes. Encontramos vários restaurantes com preços entre 12 e 18 euros para opções de entrada+almoço ou almoço+sobremesa. O problema é que fiquei viciado nas sobremesas e no café gourmant franceses;

Se vai pedir água, peça uma "carrafe d'eau". É água de torneira que lá é muito boa. Se você não especificar, vão trazer água mineral e tirar de você alguns euros sem a mínima necessidade;

Se a pedida é vinho, experimente pedir um "piché". É o vinho da casa e na maioria das vezes é muito bom. Lembre-se que você está num país repleto de regiões produtoras de vinhos de ótima qualidade.

Uma ótima referência para localizar bons restaurantes é também o Guia Michelin. Lá você encontra tanto estabelecimentos estrelados como para bolsos mais modestos.


Previsão metereológica

Quando viajo, antes de dormir verifico como será o dia seguinte no sítio do The Weather Channel. Isso me permite planejar como aproveitar melhor o tempo. Se vai chover, planejamos um dia em locais fechados. Se o dia vai ser ensolarado, aproveitamos os locais abertos. 

O sítio tem também a média histórica de temperatura e precipitação pluviométrica dos últimos anos. Visite o sítio e confira;


Hotéis

Gosto muito de escolher meus hotéis no Booking, pois possui ótimos filtros de pesquisa. Depois é só pechinchar nos outros sítios. Na maioria das vezes o menor preço é no Booking mesmo, mas vale a pena procurar. 


Reservas de shows e espetáculos

Como em qualquer lugar do mundo, quem escolhe antes garante os melhores lugares. Você pode fazer isso ainda aqui no Brasil nos sítios da FNAC, Ticketnet e Paris Info.

Se você prefere músicas clássicas, experimente os sítios Classictic e Infoconcert.


Cartões de desconto

É comum encontrar nas cidades turísticas do mundo cartões com desconto para museus e transporte público, mas nem sempre valerá a pena você adquiri-lo. Depende do que você pretende fazer.

A dica é você concentrar os dias que pretende ir a museus e locais cobertos pelo cartão e assim aproveitá-los da melhor forma,

Outra vantagem dos cartões é que você pode entrar e sair quantas vezes quiser e tem acesso bem mais rápido, pois se livra das filas de compra de ingressos. Quando estivemos no Louvre neste ano, saímos para almoçar fora do museu e retornamos depois do almoço. Se você vir quão cheia e cara é a lanchonete do museu vai perceber a importância que isto tem, além de tornar o passeio menos cansativo;

Em outra oportunidade, havia chegado o final do dia e ainda tínhamos energia para flanar. Fomos para o Louvre e em outro dia para o D'Orsay que fecham à noite em um dia específico da semana.

Lembre-se apenas de conferir qual é o dia da semana que os museus estarão fechados, caso contrário perderá um dia do seu cartão. Ele começa a valer a partir do primeiro uso e vale pela quantidade de dias do cartão que você adquiriu.


A língua

Vale a pena aprender pelo menos algumas palavras básicas em Francês. Um pouco de cortesia quebra o gelo em qualquer parte do mundo;

Sua maior dificuldade será nos restaurantes. Essa me quebrou, mesmo tendo estudado mais de 5 anos de Francês. Tenha um mini-dicionário a mão que você não se arrependerá;


Os franceses

Sempre ouvi dizer que os franceses eram antipáticos, pedantes etc. Percebemos na prática que isto não é verdade. Na maior parte do país, encontramos um povo muito receptivo e disponível para nos ajudar no que precisamos;

Já em Paris, não dá para dizer o mesmo. Mas também pudera, pois os caras moram numa cidade que é repleta de gente do mundo todo e tornam a vida deles um verdadeiro inferno. É o preço de morar na cidade mais visitada do mundo.


Compra de bebidas

Se você não conseguiu resistir à variedade dos vinhos franceses, não tente embarcá-los na bagagem de mão, senão vai ter a decepção de tê-los apreendidos na alfândega. A única saída é despachá-los. Choro até hoje o maravilhoso Chablis que me tomaram (snif, snif);


Roupas

Pense bem se você vai viajar na época fria e não tem roupa adequada. Aconselho a comprar o mínimo aqui no Brasil e fazer a feira por lá. Apesar da alta cotação do euro, ainda compensa comprar lá fora. Minha mulher encontrou um bom casaco numa loja da Zara em Bordeaux por 55 euros, algo impensável numa loja da mesma marca aqui no Brasil;

Se você gosta de caminhar, lembre-se de levar sapatos adequados e de que tênis foi feito para manter seus pés arejados, o que no frio pode ser um desastre.


Se você tem outras dicas, colabore conosco

Vamos ajudar quem como nós acha que uma vida é pouco para conhecer um mundo tão maravilhoso como este que Deus nos deu!

Encontre mais detalhes sobre nossa aventura na França no post resumo da viagem.


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